terça-feira, 27 de julho de 2010

HOLOCAUSTO VASCAÍNO


CAPÍTULO IV



Leito de Morte - Típica pintura alusiva a morte

Rio de Janeiro, 2040

O filho chega a mansão nas Laranjeiras as pressas, seu pai não andava bem e o médico da família já o havia desenganado. Na cama, um senhor de uns 80 anos aguardava a chegada do filho, um filho que soube mais gastar sua fortuna, que dá-lhe alegrias...
...o rapaz se aproxima e antes mesmo de dirigir a palavra a seu pai, escuta-o falar:

_ Por diversas vezes, me encontraste nesta situção, meu filho...sei que não me resta muito tempo de vida e tenho algumas coisas pendentes com relação a sua herança.
_ Tenho certeza, pai, que tudo que havia pra ser falado com relação a dinheiro foi dito, meu velho...por que insistir em tratar de dinheiro, pai? Não tenho do que reclamar da vida, que o senhor me deu até agora.
_ Há uma imensa área que temos em São Cristóvão, lembra-se quando lhe disse, que eu havia feito um investimento naquela parte da cidade?
O filho disperso e com pena do velho pai, que estava perdendo tempo em falar de dinheiro, respondeu-lhe:

_ lembro, pai...nunca entendi aquele empacamento de dinheiro na zona norte. Uma área praticamente perdida do Rio e que resistiu as transformações do começo do século, pai. Perdemos dinheiro naquela zona de marginais, meu pai!

_ Pois bem, filho. Sente-se, pois temos muito o que conversar. Mandei-lhe chamar-lhe aqui, mas pode ficar trânquilo, que não estou tão mal assim e, outra coisa, aquele "empacamento" é uma PAIXÃO, que se chama São Januário.



São Cristóvão se torna perigosa e promíscua, em meados dos anos 40 deste milênio, sendo catapultado a categoria de bairro de submundo do Rio.








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